2009-02-17

darkest side of politics

Este caso do BPN tem posto a nú inúmeros factos e ligações que em nada prestigiam a política ou o regime. Apanhado no meio desta embrulhada toda, surge Dias Loureiro, em tempos homem forte do aparelho laranja e personagem ministeriável em vários governos.

Numa primeira fase negou e contradisse as declarações do vice-presidente do Banco de Portugal. Ouvido em Comissão de Inquérito, negou qualquer conhecimento de envolvimento do BPN [do qual era administrador] em qualquer negócio ilícito. No entanto, documentos tornados públicos este fim de semana, mostram a assinatura do dito autorizando os ditos negócios.


A ideonidade do orgão, do qual faz parte e goza com isso de imunidade, fica assim posta em causa. Se numa primeira fase face às graves acusações, a medida correcta seria o abandono do cargo [ele não pode ser destituído e o sempre zeloso Cavaco chegou mesmo a reiterar confiança no mesmo], face ao agora apurado é óbvio que Dias Loureiro não tem condições nenhumas para continuar no conselho.

Aliás ao manter-se no mesmo, aparenta quer continuar a gozar de imunidade, o que transmite ao país uma imagem de impunidade que não pode ser tolerada num normal estado de direito.


1 comentário:

amsf disse...

Assinei mas às vezes pergunto-me se estes abaixos assinados são realmente enviados para as entidades responsáveis.