Quantas vezes tiveram um conflito com alguém, e para não haver discussão passaram à frente? E quantas vezes após esse pequeno desentendido veio outro, tornando-se, por vezes, numa bola de neve? E quantas vezes se chatearam com alguém sobre uma situação em que não se justificava tal alarido, e que perceberam que não tinha a ver com aquela situação em específico, mas com uma acumulação? E quantas vezes, ao resolvê-lo calmamente, perceberam que a dimensão do problema era muito menor, e que tratou-se apenas de mal-entendidos ou de diferentes pontos de vista? E quantas destas situações acabam em tribunal?
Pois é...mas existe um sistema alternativo de resolução de litígios ou conflitos.
À parte de todo o dispêndio de tempo e dinheiro que o tribunal oferece, a mediação é um processo mais económico e rápido que qualquer pessoa pode recorrer.
Inicialmente, a mediação apareceu apenas como forma de desentupir os tribunais. Hoje, é vista como uma alternativa que apela à responsabilização social na resolução de conflitos, visto que o mediador não tem o poder de sugestão, nem tão pouco de decisão, tal como acontece com o juiz.
Estranho? Confuso?
A ideologia da mediação defende que os participantes têm o poder de decidir qual a melhor solução para o problema que é deles; e que eles, melhor do que ninguém, podem verbalizar as suas necessidades, tantas vezes não atendidas em tribunal.
Em suma, na mediação apela-se ao diálogo e a um tratamento exaustivo dos relacionamentos, de forma a que as partes possam compreender-se mutuamente. Após essa compreensão e sensibilização, a dimensão do problema começa a diminuir cada vez mais, e os participantes abraçam o problema não como meu, mas como nosso, e em conjunto tentam chegar à solução mais adequada para eles.
Nâo é conciliação, não é terapia, não é direito, não é psicologia.
É mediação. É capacitar as pessoas a atenderem ao problema como parte de um todo, a compreender o outro lado, a fazer-se entender, e a encontrar a solução mais justa e melhor para si.
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Há 1 dia
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