Um dos móbeis que fundamentaram uma 2ª Guerra do Golfo, foi a suposta existência de provas sobre a produção de armas de destruição maciça pelo regime autoritário de Saddam Hussein. Feita a invasão, decidida nos Açores, aos arrepios do direito internacional [se bem que isso seja discutível, não sendo de todo aquilo que aqui pretendo tratar], veio-se a verificar que este móbil afinal era falso, deixando em apuros muitos países que acompanharam os EUA nesta ofensiva, muitos deles com a opinião pública contra.
A Inglaterra é a velha aliada na Europa dos EUA e foi durante o consulado de Blair que se deu o reanimar desta ligação. A decisão dos tribunais de tornar públicas as actas das reuniões do Conselho de Ministros nos dias 13 e 17 de Março de 2003, vem assim dar mais luz sobre as posições de muitos membros do governo de então, entre os quais o actual primeiro ministro Gordon Brown [que vai contestar a decisão], dando também a conhecer as verdadeiras razões que nortearam a ida para o conflito.
Haverá esqueletos no armário?
post sriptum: estas actas são mantidas em segredo por 30 anos. E sendo o sistema legal britânico consuetudinário isto criava um grave precedente. Engraçado a maneira como resolveram isso!
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