Primeiro queria referir que a programação dos nossos canais nacionais, nomeadamente o público fica cada vez mais a desejar, sem sentido e com prioridades deveras interessantes, novelas, filmes (Daqueles que repetem várias vezes ao ano), um concurso qualquer…digo isto porque são quatro e uns tantos minutos da manhã e acabo de ver um documentário em dois episódios com a temática a história do aparecimento do vírus da imunodeficiência humana, conhecida mais comummente por Sida. É sem dúvida importante a transmissão de informação sobre esta questão e muitos outros que têm um impacto tão colossal no mundo, mas acredito que a esta hora poucos telespectadores assistiram ao programa, talvez até a maior parte preferiu assistir a um daqueles concursos da "concorrência"! Eu até os percebo, as miúdas são giras e com a crise económica sempre dá para ganhar mais uns trocos!? Já agora há que referir que segunda-feira foi o dia mundial de luta contra a sida, mas as prioridades de programação continuam a ser as novelas os concursos e os filmes. Se é necessário passar cada vez mais informação para que possamos fazer escolhas com um melhor discernimento e mais acerto, para que passar um documentário no horário nobre, mais vale por no ar um jogo de futebol, uns concursos, um filme e lá pelas duas, três da manhã então passar um programa sobre uma problemática que até só afecta milhões de seres humanos no mundo. Para variar só um pouquinho vou mais uma vez ser conciliador e perceber que um programa destes a passar no horário nobre teria a concorrência das novelas e outros do tipo. Sida…deve ser coisa de outro mundo e deve só afectar os outros. Para que informar e educar…ninguém quer saber… pode ser que seja falado na novela! Eis porque a televisão está em crise: falta de valores, sujeição a política dos canais da concorrência e o gradual esquecimento da definição de serviço público.
Elogio
Há 3 horas
1 comentário:
Antes de mais, bem vindo ao Desbobina, espaço para opinar sobre tudo!
Quanto ao tema, há que ter em conta os critérios comerciais das televisões. Se nos privados nada tenho a obstar - precisamente devido à sua natureza, pese por vezes desejasse que houvesse um mais apertado critério de qualidade aos conteúdos apresentados - quanto à televisão pública, mormente o canal principal, creio que o seu carácter híbrido, provoca muitas vezes estes dislates.
A televisão pública em Portugal é muitas vezes um encaixotar de programas na 2: enquanto o canal principal tende por vezes - e em abono da verdade, já foi mais - a acompanhar os canais privados na frenética corrida pelas audiências, embarcando em conteúdos muito questionáveis em detrimento de verdadeiros programas de serviço público.
Mas como já referi, creio que esta tendência já foi mais vincada que agora.
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