"(...) José Manuel Castanheira da Costa, professor do ainda Departamento de Matemática e Engenharia, já foi reitor da Universidade da Madeira e volta a estar disponível para cargo, embora defenda menos poderes para os reitores. A campanha eleitoral para o conselho geral começa amanhã, mas Castanheira da Costa não esconde que quer uma universidade aberta à sociedade civil.
Quer o sangue novo das pessoas ligadas aos negócios, à economia, que tragam ideias, que façam 'lobby' e possam dar sugestões sobre a organização da universidade. O saber dos académicos é necessário para a estrutura científica, mas Castanheira da Costa lembra que o mito do académico como um homem culto, que domina várias ciências e está informado acabou há muito, o último desta linha talvez tenha sido Kepler no século XVII. "Um académico nem sempre é um homem culto". É uma pessoa especializada, que dedicou e dedica muito tempo a uma determinada área do conhecimento. Por isso, o antigo reitor prefere homens de negócios e políticos no lugar dos seis externos em vez de académicos de outras universidades. Para quebrar o circuito fechado, o isolamento.(...)"
O DN-Madeira trouxe na semana que passou, uma entrevista com Pedro Castanheira, antigo reitor da UMa (Universidade da Madeira) e candidato ao Conselho Geral daquela universidade, juntamente com outras duas candidaturas (na edição de ontem veio uma entrevista com outro candidato - Domingos Rodrigues).
Tem havido nos últimos tempos muita celeuma em volta desta universidade, algo que veio piorar o (já de si mau) nome e reputação da instituição.
O objectivo deste "post" não é discutir a guerra de bastidores que aparenta ocorrer na UMa [aliás nem estou por dentro do móbil em discussão]. Chamou-me a atenção este excerto.
Não deixa de ser interessante que numa altura em que o paradigma científico está a passar dum período em que a especialização se tornou extrema (paradigma moderno) para um período em que o contexto e teorias do caos são tidas em conta (paradigma pós-moderno), este candidato opte por ficar agarrado ao primeiro, optando pela perpetuação do mito economicista (que a economia domina tudo).
Creio que a melhor opção seria uma solução intermédia e creio que a ideia de uma instituição aberta à sociedade civil é um bom passo. No entanto cingir-se apenas a isto e não aproveitar a massa crítica endógena existente dentro da instituição e do sistema académico, creio que é um erro que poderá não trazer grandes frutos e em última instância, poderá facilitar e permeabilizar a universidade face a influências externas, pondo em causa a sua missão e objectivo.
Quer o sangue novo das pessoas ligadas aos negócios, à economia, que tragam ideias, que façam 'lobby' e possam dar sugestões sobre a organização da universidade. O saber dos académicos é necessário para a estrutura científica, mas Castanheira da Costa lembra que o mito do académico como um homem culto, que domina várias ciências e está informado acabou há muito, o último desta linha talvez tenha sido Kepler no século XVII. "Um académico nem sempre é um homem culto". É uma pessoa especializada, que dedicou e dedica muito tempo a uma determinada área do conhecimento. Por isso, o antigo reitor prefere homens de negócios e políticos no lugar dos seis externos em vez de académicos de outras universidades. Para quebrar o circuito fechado, o isolamento.(...)"
O DN-Madeira trouxe na semana que passou, uma entrevista com Pedro Castanheira, antigo reitor da UMa (Universidade da Madeira) e candidato ao Conselho Geral daquela universidade, juntamente com outras duas candidaturas (na edição de ontem veio uma entrevista com outro candidato - Domingos Rodrigues).
Tem havido nos últimos tempos muita celeuma em volta desta universidade, algo que veio piorar o (já de si mau) nome e reputação da instituição.
O objectivo deste "post" não é discutir a guerra de bastidores que aparenta ocorrer na UMa [aliás nem estou por dentro do móbil em discussão]. Chamou-me a atenção este excerto.
Não deixa de ser interessante que numa altura em que o paradigma científico está a passar dum período em que a especialização se tornou extrema (paradigma moderno) para um período em que o contexto e teorias do caos são tidas em conta (paradigma pós-moderno), este candidato opte por ficar agarrado ao primeiro, optando pela perpetuação do mito economicista (que a economia domina tudo).
Creio que a melhor opção seria uma solução intermédia e creio que a ideia de uma instituição aberta à sociedade civil é um bom passo. No entanto cingir-se apenas a isto e não aproveitar a massa crítica endógena existente dentro da instituição e do sistema académico, creio que é um erro que poderá não trazer grandes frutos e em última instância, poderá facilitar e permeabilizar a universidade face a influências externas, pondo em causa a sua missão e objectivo.
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