Hoje será votada (e muito provavelmente chumbada) as propostas de lei dos Verdes e BE de permissão do casamento civil entre homossexuais, devido à imposição da disciplina de voto pela direcção do grupo parlamentar do PS à sua bancada, isto numa altura em que transparecia uma grande divisão de opiniões.
Aparte da discussão moral da proposta ou sobre o "timming" da mesma, esta medida decretada pela direcção do grupo parlamentar do PS, é o perfeito exemplo de um dos grandes males que afecta o nosso sistema político: a distância entre os eleitores e os eleitos e a consequente submissão dos segundos à lógica partidária.
Reservando a Constituição Portuguesa o exclusivo de apresentação de candidaturas ao Parlamento, a relação acaba verdadeiramente por ser entre eleitores e os partidos, dado que são estes que escolhem as listas, sendo que o que normalmente acontece e isto numa lógica de garantir a sua reeleição, os deputados acabam quase sempre por seguir as directrizes emanadas pela sua direcção de bancada parlamentar (quando a há, obviamente), mesmo contra a sua vontade ou interesses das populações que o elegeram.
Observando o que tem vindo a ser veiculado nos últimos dias, é interessante notar opiniões a favor da lei de deputados que muito provavelmente irão votar contra a lei, contrariando os seus próprios princípios e convicções nalguns casos e optando por garantir a sua sobrevivência política.
Este calculismo político e subversão de toda a lógica de independência e resposta perante os seus eleitores que os eleitos devem ter acaba por lentamente dar mais umas machadadas no actual sistema político afastando a política do comum eleitor.
Aparte da discussão moral da proposta ou sobre o "timming" da mesma, esta medida decretada pela direcção do grupo parlamentar do PS, é o perfeito exemplo de um dos grandes males que afecta o nosso sistema político: a distância entre os eleitores e os eleitos e a consequente submissão dos segundos à lógica partidária.
Reservando a Constituição Portuguesa o exclusivo de apresentação de candidaturas ao Parlamento, a relação acaba verdadeiramente por ser entre eleitores e os partidos, dado que são estes que escolhem as listas, sendo que o que normalmente acontece e isto numa lógica de garantir a sua reeleição, os deputados acabam quase sempre por seguir as directrizes emanadas pela sua direcção de bancada parlamentar (quando a há, obviamente), mesmo contra a sua vontade ou interesses das populações que o elegeram.
Observando o que tem vindo a ser veiculado nos últimos dias, é interessante notar opiniões a favor da lei de deputados que muito provavelmente irão votar contra a lei, contrariando os seus próprios princípios e convicções nalguns casos e optando por garantir a sua sobrevivência política.
Este calculismo político e subversão de toda a lógica de independência e resposta perante os seus eleitores que os eleitos devem ter acaba por lentamente dar mais umas machadadas no actual sistema político afastando a política do comum eleitor.
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