2007-11-09

Acontece.

Enquanto os nossos amiguinhos regressam e assentam contentes da viagem, o Bobina parte mais uma vez na vereda da divulgação cultural madeirense.

Está em fase de produção aquela que será talvez a primeira grande obra cinematográfica madeirense (depois de um historial que inclui grandes batalhas árabes nos planaltos do Caniçal).

Acrescento que tive a honra de opinar sobre o guião quando ainda em fase embrionária, este projecto.



lamento a escolha tipográfica do trailer, devo dizer.

15 comentários:

Anónimo disse...

e as legendas???
tanto...

Macaco Esperto disse...

Nunca será melhor do que o "O ultimo gajo do união" .. :P

Boris Vi. An? disse...

"para todos os efeitos" é algo muito ousado para ser dito por um vilão.

O barrete-de-orelhas acaba por ser um lugar-comum que roça o ridículo.

A banda sonora (a propósito, falo sobre bandas sonoras no meu blog "http://quebragelonasfestas.blogspot.com") não necessitava de "mixagens" de músicas do folclore madeirense.

Enfim, daquilo que eu vi não gostei.

il _messaggero disse...

...concordo contigo quando referes que a investigação etnográfica poderia ter sido mais profunda para este trabalho, mas temos de em conta a "vendabilidade" do filme fora da ilha...

Às tantas o realizador e o produtor optaram por apostar nesses ditos comuns e nessa imagem do vilão de barrete de orelhas, assim como na identificação da ilha com o bailinho...

...no oásis que é a nossa produção cinematográfica, julgo que o produto até acaba por ser aceitável e tem apresentação, pese a futilidade da história - o ponto que posso apontar...

...parece-me uma versão cinematográfica da mítica série/soap opera madeirense "Homens de Passagem" - estilo "E tudo o vento levou"...

...a música confesso que me é indiferente, pese a tua crítica até faça sentido...

Mas gostei da montagem a preto e branco e das imagens colhidas...

P.S. realmente "para todos os efeitos" não lembra ao diabo...

Boris Vi. An? disse...

Se é mais um produto "engana inglês", até pode muito bem vir a ter sucesso. No entanto, numa pequena amostra, deu para que eu ficasse a minha decisão bem formada: não vou ver esse filme.

PS. Se por acaso a RTP-Madeira exibir esse filme, até sou capaz de dar uma espreitadela, mas vou estar prevenido com as pastilhinhas para o enjoo.

il _messaggero disse...

ehehe

Anónimo disse...

Engraçado como só se fala mal do projecto.

Eu faço parte da produção deste filme e passo a esclarecer os pontos focados.

Realmente para "todos os efeitos" é preciso pensar no público em geral, falamos do continente e emigrantes nem todos eles compreendem os madeirenses. Se voçê tiver uma forma melhor de dizer esta frase à madeirense gostava que tentasse para todos nós ficarmos elucidados.

O barrete de orelhas é um produtro típico da madeira que até o meu avô usa. De referir que nesta época cada freguesia usava um tipico traje de diferentes cores e formatos. Faça um pouco de pesquisa antes de vir falar do que não percebe.

Quanto à música é 100 por cento madeirense. Existem instrumentos que hoje em dia já desapareceram e foram recuperados para esta banda sonora. A música nao foi feita originalmente para o filme. Já existia. E o senhor que se diz conhecedor uma vez que tem um blog ( coisa pouco usual hoje em dia) saberia que este é o Musical Madeira composto pelo Jorge Salgueiro para as comemoraçoes dos 25 anos do GCEA.

Graças a Deus que a ideia passou. Esta de realmente fazer o primeiro clássico madeirense à escala de " E tudo o Vento Levou" e com uma banda sonora à "Senhor dos Aneis".

Quanto às pastilhinhas para o enjoo devia reservá-las para determinada figura madeirense que por razões que se desconhecem fez de tudo para que este filme não fosse visto pelas entidades que realmente interessam num suposto certame. Vá-se lá entender os interesses económicos de gente que mete ao bolso e que pretrende assim continuar abafando a primeira produção independente regional.

Nesta terra reclama-se por nao ser feito. Quando algo acontece deita-se abaixo.

É triste que neste blog à exepção de uma pessoa, só se vê falar mal de uma equipa que se esforça apesar de não ter dinheiro.

Bem haja as vossas criticas porque bem ou mal o importante é que se fale. Mas só um conselho. Comecem a apoiar um bocadinho a produção na Madeira e não a destruam quando ainda só estamos na fase do tentar.

Obrigado

Anónimo disse...

Quanto à escolha tipográfica das letras, vamos todos perceber no fimdo filme, isto se o for concluído.

Boris Vi. An? disse...

Poderiam simplesmente não usar a expressão “para todos os efeitos”. Ou então substituí-la por algo como “de qualquer maneira” ou “não quero saber”. Acho que não está em questão o “madeirense” que pode não ser compreendido por emigrantes ou continentais, pois se fosse esse o caso não utilizariam a expressão “estás pa ter” (que até acho um piadão nessa expressão).

Até eu tenho um barrete-de-orelhas. A questão é que é um cliché mostrar que todos os nativos dessa época usavam esse tipo de barrete diariamente. Não preciso de fazer investigação pois até tenho muita documentação (livros ilustrados e fotos de álbuns dos meus avós) que contraria esse facto. Posso confirmar que muitos homens da época cobriam a cabeça com chapéu mas uma grande parte deles não usava o barrete-de-orelhas (que eram usados essencialmente na serra e quando fazia frio).

Continuo a dizer que a Banda Sonora é algo sem sal e a puxar para a pasmaceira. Mas atenção que eu não percebo nada de música.

De resto, louvo a “coragem” de quem tenta fazer algo de inovador na RAM. Não sou tapadinho para dizer que gostei daquilo que vi (gostei sim da fotografia que está excelente) só pelo facto de ser produto madeirense, mas fico contente por ver que, a menos, tentam fazer qualquer coisa.

PS. Porque raio muita gente escreve “você” em vez de “você?

Anónimo disse...

s, pois este pequeno, mas grande senhor do cinema (infelizmente desconhecido e ou mal reconhecido pelo seu trabalho) foi o único que se lembrou de tentar fazer uma mega produção à escala de Hollywood sem qualquer tipo de apoio ou patrocínio. Caros amigos, só para comentar o trailer, constatei que em relação ao “barrete” de orelhasOlá venho por este meio, pronunciar-me em relação às críticas maldosas e sem coerência em relação ao filme do jovem actor e realizador Dinarte Freitas, por quem nutro grande respeito pelos trabalhos que tem vindo a realizar não só cá na região, assim como no estrangeiro. Inclusive soube que o mesmo estava em Nova York, altura que me encontrava a passar as minhas férias. Através de alguns contactos, obtive a morada deste e tive a coragem de bater à sua porta para lhe dar os parabéns pelas conquistas que tinha feito num mundo tão grande e com bastante concorrência como a cidade de Nova York, e que os espantalhos, ignorantes apontam defeitos a um madeirense que para além de bom profissional tem a humildade de se lembrar da sua terra natal. Fiquem sabendo caros amigo ainda é mundialmente conhecido e acho que não se deve ter vergonha daquilo que é nosso. Quanto ao uso deste no filme e parece-me que pelas imagens que vi, as cenas são passadas na serra e no Pico do Areeiro, que é um local muito frio. As pessoas naquele tempo e de nível social mais baixo usavam aquele típico traje de “serreguilha” e inclusive andavam descalços como se vê no trailer. Achei muito original o bailinho da Madeira em piano e pelo coro de Câmara da Madeira.
Quanto às frases, eu sou professor e não me parece que se utilizasse vocábulos tais como:”de qualquer maneira”, pois as pessoas não eram burras, mas letradas, é que não eram de certeza. O realizador deve ter tentado abranger o maior número possível de público e a expressão “tás é pater ” é um vocábulo certamente incorrecto na língua materna, mas trata-se apenas de um regionalismo que a actriz faz perceber através do olhar.
Os madeirenses agradecem que críticas aos seus conterrâneos sejam pelo menos construtivas

Anónimo disse...

Eu já vi o trailer uma milhão de vezes e não me canso. Para já porque é um fime feito por madeirenses e com madeirenses, coisa inédita, depois porque foi feito sem apoios nenhuns, no entanto é bem visivel todo o empenho e esforço de uma equipa, neste projecto. Desde actores a produtores, pessoas que quiseram contribuir para que projecto tivesse pernas para andar.
Eu que não sou nenhum expert em cinema, louvo ao realizador, pelos excelentes planos que conseguiu, sei que até acima de uma àrvore teve de subir, a fotografia está excelente, e a banda sonora fantástica. Obrigado ao Dinarte pela OUSADIA de se lembrar da terra onde nasceu e fazer algo com muita qualidade misturado com orgulho de ser madeirense. Desde os "Homens de Passagem" e o "Hotel Bon sejour" que uma produção de grande porte era feita na Madeira. Uma lufada de ar fresco sem duvida. PARABÉNS a todos, mas em especial aos actores que são a cara deste projecto. Estão todos muito bem, a actriz Sofia Gouveia está no seu melhor, quanto a isso não há criticas destrutivas a se fazer. Nesta terra pequena temos muito bons actoresa Filomena também está excelente, como sempre...

il _messaggero disse...

Antes de mais agradeço a presença de todos neste humilde espaço.

Todos sem excepção reconhecem o enorme esforço feito, mas não se pode esperar agradar a gregos e a troianos. Como já disse aqui e em outros espaços, no deserto que é a realidade do cinema madeirense, este filme acaba por ser um verdadeiro oásis. Tem boa fotografia e boa sequência de planos de filmagem pelo que foi possível observar no trailer.

Agora e pese isso tudo, é natural que haja aspectos que não possam agradar a todos e julgo que foi isso que aqui vi descrito. Pessoalmente percebo a vossa óptica de condensar uma série de clichés para tornar "vendável" o filme, mas aceito quem tenha uma opinião diferente.

Para terminar desejo o maior dos sucessos à produção e espero que ultrapassem as dificuldades que estão a sentir.

A gerência

Edgar Garrido Gouveia disse...

Mas quais clichés?! Se o filme quer retratar uma história passada na Madeira, que mal tem em usar o barrete de orelhas?! Mau seria usar o chapeu de palha c a risquinha a dizer Madeira!
Se for assim, n há filme que se safe pq estão tds cheios "dos vossos clichés" (ver Braveheart, Memórias de uma Gueixa, Gladiador, and soy on and soy on :P)

Realmente, em 1936, o António - aquele que a filha fugiu com o João do Correio - dizer "para todos os efeitos" parece estar um pouco deslocado.* Mas não me venham dizer que é para o público perceber, porque se fosse essa a razão muita coisa tinha de ser alterada. Eu na frase do "Para tds os efeitos", só percebo isso mesmo!
*Apesar de não haver problema nenhum nem necessidade para este alarido td em volta disso.

Estou curioso para ver o filme. A apontar, fica a escolha pelo preto e branco quando, na minha opinião (leia-se, leigo cinefilo), as cores da Madeira poderiam ser uma mais-valia.

Resta-me desejar boa sorte ao filme, que tenha muitos espectadores a assistir e ... mais importante, que consigam rodá-lo nas salas da Região.

PS: n percebo como é que sem ler uma sinopse, sem ler nada sobre o filme, podem dizer que n o vão ver de certeza? É q n é a mesma coisa que dizer "Ah, é um filme de terror, n gosto. Esse não vou ver!"...

PS 2: frodo tens de ter mais calma... e gostava que nos elucidasses sobre isto:
frodo disse:
"Quanto às pastilhinhas para o enjoo devia reservá-las para determinada figura madeirense que por razões que se desconhecem fez de tudo para que este filme não fosse visto pelas entidades que realmente interessam num suposto certame. Vá-se lá entender os interesses económicos de gente que mete ao bolso e que pretrende assim continuar abafando a primeira produção independente regional."

Boa sorte para o filme.
Hugz

il _messaggero disse...

Retirado do blog Cinema Madeira - http://cinema-madeira.blogspot.com

Pequena Sinópse:
Madeira, 1936 - João é um jovem agricultor que se apaixona por Maria, uma bela rapariga. Decidem fugir para casar e refugiam-se na gruta do Pico Ruivo. No entanto, são descobertos por António, o pai de Maria que os impede de ficar juntos. João parte para o estrangeiro, com a promessa de um dia voltar para levá-la com ele…
Madeira, 2007 - João regressa ao encontro do passado. Maria é já uma senhora viúva. O amor de ambos reacende, e agora Maria e João têm de lutar, para vingar o seu amor e tentar refazer as “memórias que afinal nunca se apagam”.


eis a sipnose artigos...

Gostei da referência ao chapéu de palha a dizer Madeira...eheh..

bob disse...

Tenho pena de haver ali um acento em sinopse