Será que é viável a afirmação que estaremos em média separados por seis intermediários. Ou seja o que nos separa de chegar a outra pessoa no mundo são em média uns míseros seis intermediários.
Teoria posta em por Stanley Milgram (pese o nome da teoria não seja este, mas sim "Small World Theory"), um psicológo social americano que efectuou uma experiência na década de 60/70 na qual se propunha a por duas pessoas escolhidas aleatoriamente nos EUA, em pontos muitos distintos geograficamente e socialmente, a tentar chegar um envelope a outra e a catalogar os passos...claro que é um pouco contestada pelo facto de a amostra na sua grande maioria não ter chegado ao destino - suspeitas de amostras enviesadas, mas as que chegaram (um número de 200 e tal em 600) tiveram o mérito de se ter calculado que se precisaria de apenas 5,6 pessoas para chegar a outra.
Esta teoria de redes sociais - que é a base de Orkut, Hi5, myspace, etc - vem da junção de outras teorias vindas das ciências exactas, destacando o trabalho de Marconi no início do século. Não deixa de ser curioso que a teoria até pode ter um fundamento, tanto que é muito discutida no meio académico (e não só dado que ultrapassou já há muito para o campo do senso comum).
Num mundo cada vez mais globalizado em que os meios e formas de comunicação são cada vez mais rápidas, não deixa de ser curioso que eu esteja separado do Papa em média por apenas 6 intermediários, mesmo havendo mais de 6 biliões de pessoas na terra. Será que a expressão "vivemos num mundo pequeno" faz cada vez mais sentido?
dica: há diversas coisas relacionadas com isto, destacando uma série do AXN cujo nome julgo ser Six Degrees Separation, ou um site criado em 1994, que tenta comprovar isto ao cruzar os actores com outros autores que já tenham trabalhado juntos e tentar ver o seu grau de ligação - começaram com o Kevin Bacon daí o nome ser Oracle of Bacon
Elogio
Há 3 horas
5 comentários:
Pois é meus caros, eu descobri há pouco tempo que estou a 4 passos do Kevin Bacon (ok, um dos passos é por conhecimento e não por ter trabalhado junto, mas deixem-me lá).
Há algum tempo li um artigo que falava precisamente desta teoria do mundo pequeno.
Nela era relatado uma experiência num campus universitário em que mostrava que quaisquer dois alunos estavam a apenas 2 passos de outro aluno em termos de relações sexuais.
O estudo indicava que havia alguns indivíduos que devido à sua grande capacidade de sociabilidade (sedução) tinham um elevado nº de relações sexuais, curto-circuitando os graus entre indivíduos.
Desde lá que este conhecimento tem sido utilizado na prevenção de DST e de toxicodependência.
Isto é, fazendo campanhas de sensibilização junto destes indivíduos as campanhas tornavam-se muito mais eficazes.
O mesmo se poderá aplicar nas sociedades onde o estado por norma é mais fraco e onde a informalidade tem um certo peso...Historicamente temos um estado com tendência universalista, tentando estar em todos os sectores, mas o mesmo por norma é fraco, daí que estas relações e os chamados "conhecimentos" tenham uma grande preponderância...
eu acho parvo estas manias das ciencias exactas meterem o bedelho nas ciencias sociais...principalmente pq qd pa ca vem, acabam por nunca ser exactas...e qd assim é mais vale tar quieto...se um gajo foi pa letras é pq tinha medo da matematica..por isso nao se ponham com estas merdas...
tenho dito
é curioso, a sua opinião é exactamente igual a um desbobinador cá do burgo (animada discussão ocorrida em pleno Bairro no sábado)...eheh...
Julgo que a tranposição de modelos matemáticos e das ciências exactas podem ser uma mais valia. è tudo uma questão de visão e de sinergia.
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