2007-03-04

Voto Electrónico

A Estónia está a efectuar a primeira eleição mundial por via electrónica, com a votação por Internet aberta a todos os eleitores, numa experiência que está a gerar polémica entre os especialistas em informática. O voto electrónico, que já terminou na quarta-feira, apenas foi utilizado por um pouco mais de 30.000 pessoas - 3,5 por cento dos eleitores inscritos, que não ultrapassam os 940.000.
"O objectivo é tornar as coisas mais fáceis, para aumentar a participação", diz a Comissão Nacional de Eleitores. Mas ninguém ainda conseguiu demonstrar que o voto electrónico de facto aumente a participação.

Experiências em votações menores já têm sido feitas em Inglaterra, França e Holanda, mas nunca a nível nacional. Os especialistas na segurança dos computadores, designadamente nos Estados Unidos, continuam cépticos. Ninguém consegue garantir que piratas informáticos não interfiram no processo, revertendo o sentido do voto.

Um sistema do Departamento da Defesa americano, destinado a facilitar o voto do militares colocados no estrangeiro, foi cancelado depois de, em 2004, se ter concluído precisamente que era um alvo fácil da pirataria.O sistema foi pela primeira vez experimentado em eleições locais no ano de 2005 e ainda deverá levar muito tempo até se tornar numa prática generalizada. "Todos os sistemas têm riscos. A maior parte dos que se verificam na Internet também têm o seu análogo no papel", ressalvou Thad Hall, professor da Universidade do Utah, um dos investigadores americanos que se encontram na Estónia, citado no sítio Wired News."

A Estónia está a ser um pioneiro mundial", afirmou à AFP um membro da comissão nacional de eleições, Ulle Madisse. "Os estónios confiam as suas transacções financeiras à Internet preenchendo os papéis dos impostos e transferindo dinheiro por bancos on-line. Por que não confiar também o voto à Internet?", perguntou Ivar Tallo, director da Academia de Governação Electrónica, em Tallin, 80 quilómetros ao sul de Helsínquia.

in www.publico.clix.pt

Pese a pouca participação registada, eis uma experiência a considerar...Especialmente para quem se encontra deslocado, no momento das eleições, da sua área de recenseamento...

Estima-se que uma grande porção da abstenção registada no nosso país deve-se a este facto...

Importa referir que na Estónia os eleitores dispunham de um período de dias no qual poderiam alterar, caso o desejassem, o seu sentido de voto.

No entanto, as preocupações expressas poderão ter nexo...A fiabilidade poderá ser facilmente corrompida. Por outro lado, a plicação deste sistema a países mais populosos, poderá também ser complicada...

Ainda assim, julgo que era uma experiência a testar numas eleições regionais (por exemplo
)...

Será este sistema viável no futuro e irá se generalizar? Será seguro? Quais as vantagens e contrariedades?

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