Barcelos, barcelona, macacos e moda.

No dia a que esta noite agora sucede fui à ModaLisboa. Dei por mim com uma credencial de Guest na mão, do nada, e uma máquina Lomo na outra (está já mais do tudo). É um admirável mundo novo para mim, impactante, barulho ensurdecedor das luzes que rebatem no plástico liso e adquirido recentemente.
Comecei no convés de um Titanic pós-embate pré-salvação, tantos eram os que à força queriam entrar naquele bote, telefonema para cá lançamentos de nomes amigos para ali, eu à entrada para me dizerem que sim podia.
Morangos açúcar maquilhagem cabelo gel egos famosos flashes amigos abraços beijinhos. Olhem para mins. E eu a fotografar; tudo me chamava e implorava sem falar para ser fotografado. Ali ao fundo antes de todas aquelas pessoas é a entrada do desfile. Nuno Baltazar é o de agora, preto sobre brancas sobre branco com fundo preto. O cenário era fraquito, pseudoMinimal mais a dar para o português por mal acabado. A última peça chama-se Catarina, Furtado, e como sou Imprensa todas elas, as peças, pousam para mim no fundo do corredor, onde estou sentado. Tenho as imagens por revelar, não por serem segredo mas porque estão em película ainda. Nem eu as conheço.

No fim da semana que veio antes da que agora acaba fui a Barcelona, fruto de histórias tristes + cortesia de um grande amigo + taxas. Fiquei em casa da Bel, que me acolheu com os seus pais e irmão, no belo pueblo de Santa Perpetua de Mogoda, ao largo da cidade. Devo dizer que aqueles foram grandes dias, Barcelona esforçou-se para me sentir bem. Deu-me sol de Verão, o calor e o esplanar nas praças que faz parte, uma lua de Verão que ali para mim se eclipsou, museus abertos por ser primeiro domingo, arraial independentista com o melhor churrasco de calçots que poderia imaginar (não que alguma vez soubesse que tal existia). Comi paella caseira, fui ao Starbucks beber um dos piores galões que poderia imaginar, arrastei-me pelas ramblas e o quadriculado da cidade, que me dizem que é assim que se deve fazer. Gaudi ainda lá está, genial, às cores. Foi um trailer perfeito, agua-me a boca para o filme mais longo que tem de vir.

Hoje cheguei a casa na Amadora e estava um macaco sentado em frente à TVI e a fazer uma lança para caçar. Mudo de casa no fim do mês. Vou viver para o Bairro Alto.

abracinhos.