"Autarquias, clubes de futebol e empresas de construção civil são uma velha tríade onde se concentram fontes de corrupção. Em alguns casos, os clubes funcionam como offshore..."
"O Futebol é um mundo de branqueamentos de dinheiros sujos com promiscuidades políticas que não se sabe onde começam e onde acabam e que são altamente nocivas às instituições democráticas..."
"Não podemos continuar a falar de de escândalos sem que nada aconteça ao nível da punição das condutas graves. A falta de consequências é de longe o pior sinal..."
"O combate à corrupção e a prevenção da utilização das instituições desportivas para prácticas fraudulentas é tarefa prioritária na protecção dos valores do desporto. (...) Os Clubes são usados para evasão fiscal e branqueamento de capitais..."
Eis algumas das frases-chave retiradas a Maria José Morgado, nomeada para coordenar as investigações ao processo Apito Dourado, pelo Procurador Geral da República Telmo Pinto.
Esta magistrada saltou para a ribalta, quando em 2002 saiu sob circunstâncias estranhas da Direcção de Investigação à Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira da PJ, posto que tinha assumido em 2000, com resultados palpáveis...
Será esta a pedrada no charco em que mergulhou o Futebol Português, com escândalos a rebentar todos os dias sobre uma sensação de impunidade incrível...?
Será que é de vez que acabarão as frutas, os quinhentinhos, as viagens ao Brasil, as vendas de terrenos e cedências dos mesmos a custos zero onerando e de maneira o erário público...?
Referência também à criação de um departamento especial de combate à corrupção desportiva...Peca por tardia porventura...
Esperemos agora que não hajam intocáveis e que a verdade venha ao de cima doa a quem doer...
fonte: A Bola
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