2010-03-05

num elogio (d)à Loucura



"(...)Alberto João Jardim disse ainda que defendeu a realização deste congresso por achar "que é preciso o PSD esclarecer muita coisa sobre a sua natureza: é um partido de esquerda, de centro ou de direita? Temos de esclarecer, para mim é de centro. É uma social democracia de tendência socialista, como as nórdicas, ou é de tendência de centro de raiz mais social cristã baseada no personalismo da doutrina social de Igreja católica? Federalista europeu ou de primado nacional? Quer a regionalização do continente ou não? Aceita maior autonomia para Açores e Madeira? Admite rever a Constituição ou quer ser situacionista? Estas questões têm de ser discutidas dentro do PSD, porque a confusão que vai dentro do partido sob o ponto de vista doutrinário é total”.

in público.pt

Num dos raros momentos de concordância (dado o meu distanciamento ideológico), torna-se engraçado constatar que Jardim, muitas vezes catalogado (e com razão) de desbocado e inconsequente pelos seus próprios pares partidários, acaba por ser dos poucos que diz que há muito era visível: mais que discutir líderes, sem uma definição ideológica, o PSD nunca poderá almejar vir a ser uma verdadeira alternativa, prolongando o habitual paradigma de alternância (já algo gasto e decadente olhando às recentes notícias surgidas nos media, algo que começa a transparecer para o público - basta olhar a notícias recentes ou ler as conclusões recente estudo de André Freire, José Manuel Viegas e Filipa Seiceira - corporizado num livro recentemente lançado, que adquiri ontem) , ficando o dito partido refém que o outro partido de poder caia em desgraça. Apenas sugere razão a quem indica que em Portugal, não se ganham eleições. O outro lado é que as perde.


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